Alexandra Luz

Este blog está destinado à publicação de trabalhos escolares.

quinta-feira, dezembro 07, 2006


Bibliografia de D. Pedro II (1648-1706)

D. Pedro II

http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/pedro2.html

Nasceu a 26 de Abril do ano de 1648 no palácio de Ribeira em Lisboa, e veio a falecer no dia 9 de Dezembro do ano de 1706, no mesmo local onde nasceu. Actualmente está sepultado no Panteão dos Braganças.
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Panteão dos Braganças
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Filho legítimo mais novo de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, quando seu pai faleceu tinha apenas 7 anos de idade, por isso foi educado somente pela sua mãe e por D. Afonso VI, seu irmão mais velho.
Do seu primeiro casamento com sua cunhada, D. Maria Francisca de Sabóia, resultou o nascimento de D. Isabel Luísa Josefa. D. Pedro II casou pela segunda vez com D. Maria Sofia de Neuburg, e deste matrimónio nasceram:
D. João, ( que foi o seu sucessor);
D. Francisco Xavier José Bento Urbano (7º duque de Beja, e grão-prior do Crato);
António Francisco Xavier José Bento Teodósio Leopoldo Henrique ;
D. Teresa Maria Francisca Xavier Josefa Leonor;
D. Manuel José Francisco António Caetano Estêvão Bartolomeu;
D. Francisca Josefa.

D. João V
http://www.museudoscoches-ipmuseus.pt/.../pintura_1.htm


D. Pedro II foi aclamado rei no ano 1683 como sucessor do seu irmão D. Afonso VI, após a sua morte, contudo este já vinha à alguns anos a exercer o cargo de regente devido á instabilidade mental de seu irmão. Fez parte da dinastia de Bragança, foi o 23º rei de Portugal, e era cognominado por O Pacífico, devido ao facto de durante a sua regência, no reinado de D. Afonso VI, se ter concretizado a paz com a Espanha.

D. Afonso VI
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Contudo, já tivera iniciado a sua vida pública quando o Conde de Castelo Melhor quando este assumiu o cargo de escrivão da puridade no reinado de D. Afonso VI. Assim dramaticamente, com 20 anos de idade, começava D. Pedro II, em 1668, a sua vida política atormentada. Defrontava-se com uma séria situação económica e financeira de Portugal agora restaurado, destroçado por vinte e oito anos de guerra sem tréguas.

A sua política interna centra-se na prisão do rei D. Afonso VI, que durou ate à sua morte, mantendo a condição de prisioneiro, e na destituição de Castelo
Decididamente sempre se esforçou desde logo o usurpador por administrar bem, com acerto, chamando ao Conselho, para conjurar a crise, uma elite de homens notáveis pela cultura e pelo carácter, como Diogo Rodrigo de Macedo, o 3.º conde da Ericeira, D. Luís de Meneses, e outros economistas, homens cultos, informados já pelas novas teorias económicas fisiocráticas de Colbert, grande ministro das Finanças de Luís XIV.

Luís XIV

A sua política externa baseava-se em volta da questão da sucessão de Carlos II de Espanha.
Toda a política económica desenvolvida pelo rei teve por parte do conde da Ericeira, Luís de Meneses, grande atenção, e este também ensaiou as primeiras medidas de protecção à indústria, sobretudo aos lacticínios.


Em 1703, o Tratado de Methuen é discutido com a Inglaterra não teve efeitos drásticos na crise e no atraso da indústria que se lhe atribuem, alguma fuga de esmeraldas e de ouro, cuja a mineração se intensificava no Brasil. Este acordo tinha em vista que os tecidos de lã ingleses entre outras manufacturas seriam aceites sem limitações em Portugal, invalidando assim algumas leis que os proibiam. Por outro lado, e em troca desta entrada, os vinhos portugueses poderiam entrar em Inglaterra reembolsando apenas dois terços dos exigidos aos vinhos franceses: “art. 1.°: Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal’ promete, tanto em seu próprio nome como de seus sucessores, admitir para sempre, daqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifícios de Inglaterra, como era costume até ao tempo que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário.”¹
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Tratado de Muthuen

O Tratado de Methuen tinha também como objectivo o aumento das exportações do vinho português que, ficaram para sempre no paladar dos ingleses, mas suscitou uma dependência assustadora neste sector: em 1777, o mercado britânico apresentava como 94% das nossas exportações vinícolas.
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Máquina a Vapor
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Em termos religiosos D. Pedro II sempre defendeu vigorosamente a posição de Portugal em Roma, e pelas suas beneficências sempre prestadas para com a Igreja, D. Pedro II recebeu o direito de nomina de um cardeal da coroa em 1671, e foi-lhe entregue também as faixas bentas para o seu herdeiro D. João V.

Em reinado de tão tumultuária política interna e externa, a actividade cultural do país não sofreu, todavia, o colapso ou enfraquecimento que seria de esperar, quer na expressão literária, por parte de António Vieira, mestre e reformador da língua, quer nas artes plásticas, pintura religiosa e arquitectura religiosa e civil, em que o barroquismo seiscentista, com toda a sua sobrecarga de decoração decorativo, teve entre nós e no Brasil o seu período áureo e de carácter tão inconfundivelmente nacional como o manuelino, no século XVI.

¹ Cit. Por Francisco António Correia, em Historia Económica de Portugal, Vol. I
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Bibliografia
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Couto, Célia e Rosas, Maria, O Tempo da História. Historia A, 1ª Parte, 11º ano, Porto Editora, Porto, (s/data)

Serrão, Joaquim, História de Portugal [1495-1580], Verbo, Lisboa, 1978.

Mattoso, José (dir.), História de Portugal, vol.7, " O Estado Novo (1926 - 1974)


.Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, Vol. 22, Verbo, Lisboa/São Paulo, Edição Séc. XXI.
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